Pessoas a ler

Amarras do tempo

Sinto-me preso, nas amarras de mim proprio,
numa eternidade por mim controlada, num espaço por mim fechado a cadeado,
num mundo que eu proprio pintei de cinzento, onde matei flores, apaguei o sol e livrei a lua da sua sina.
Num mundo onde a escuridão e uma companhia constante e o silêncio o melhor som.
Sinto-me preso, nos meus proprios devaneios,
na relação por mim criada com o futuro, na decisão por mim tomada.
Mas respiro fundo, tudo nao passou de um pesadelo, acordei, o mundo, bom ou mau, estava igual, o sol apareceu no horizonte e a lua brilhou de noite mais branca que a neve.
A sensaçao de me perder em mim proprio arrepia me como um mergulho no mar gelado, no calor do verao,
a sensaçao de nao me controlar, amedrontou me mais que um leao,
os meus devaneios a tomarem conta de mim levaram me á loucura.
Nao e esta vida que queria para mim, por isso luto a cada dia para a tornar um pouco melhor
com coragem e respeito por mim, tomando as minhas decisões e aceitando tudo o que delas advém
Porque eu sou o que sou graças...


a mim...