Pessoas a ler

$#%-se

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Dói , não dói ?
quando tudo a tua volta é perfeito
quando tens tudo o que sonhaste
quando sabes que o mundo te adora
e esse sufoco não te sai da garganta.
dói, não dói?
quando sentes que o único mal na tua história és só tu
que não encaixas
que não pertences
e sentes que o mundo é que te vira as costas
dói, não dói?

Pois deixa doer.
A culpa não é de ninguém
A culpa não tem dono

Só te resta lutar.
Lutar como se a tua vida dependesse disso.
Ver em cada nascer do sol uma oportunidade de ser mais e melhor
Cada momento, cada segundo ser vivido como se fosse o ultimo,
porque um dia, será mesmo
Não deixes a vida passar-te ao lado
não deixes que os outros vivam a tua vida
não deixes de ser tu a mandar

Os erros são teus, as consequências também, é verdade
mas no fundo o que interessa é que a lição no fim da jornada também será tua.

$#%-se
eu sei, eu percebo-te
chorar não resolve mas ajuda,
por isso chora, chora muito, chora tudo, seca a fonte
mas depois de chorares, acabou
vais levantar-te seguir em frente e tomar as rédeas

a depressão existe, e não és mais nem menos que ninguém por sentires
permite-te sentir
és humano porra
se não sentisses era pior
só não deixes que o sentimento te ganhe e te faça perder o foco

$#%-se
dói, não dói ?
mas lembra-te
dói sempre mas dói menos com companhia
Pede um abraço
pede um beijo
pede simplesmente um café

ajuda muito.


Tempestades

Olhaste para mim e sorriste
No teu jeito, que so eu conheço, abraçaste-me
No meu ouvido encostaste a boca e fizeste fluir o amor pelas palavras que te doem a sair como labaredas de um fogo que não sabes controlar
Fizeste magia em mim
Libertaste-me do medo e da dor
Trouxeste luz à escuridão do incerto
Abriste a parede da incerteza 
Levaste-me a acreditar que sonhar é possível
O mundo parou no abraço ao som do mar
Sob a luz da lua e das estrelas que foram as únicas testemunhas do que será a promessa dum amor tao real como o sal daquela água 
Aquela agua que corria nos nossos olhos num beijo doce que amansa a tempestade
Foi a total entropia da perfeição certinha
O devaneio de um amor louco que agora encontrou um par
De mãos dadas, não por dois caminhos
Mas por um destino reto
Como flecha e arco que juntos vencerão o mundo

Tão Somente

se eu pudesse,
ai se eu somente pudesse,
rasgar o peito num segundo,
dar-te a conhecer quem sou

se eu pudesse,
ai se eu somente pudesse,
gritar ao mundo que te amo,
em todas as línguas do universo

se eu pudesse,
ai se eu somente pudesse,
tocar no teu peito
e inundar-te de mim

se eu pudesse
ai se somente pudesse,
tornaria o preto em azul
e seria o teu céu a cuidar dos teus passos

se eu pudesse
se eu tão somente pudesse
fugaz como o fogo
calmo como agua
seria o poço de alegria onde irias mergulhar
e dele renascer em brasa
completo de mim


Ensina-me

Ensina-me a ser eu
A largar-me de ti
A respirar sozinho
A deixar-te ir

Ensina-me a amar-me
Como te amo a ti
Como tu a mim
Como céu e o mar

Ensina-me a esquecer
O sofrimento
O frio
O medo

Ensina-me a viver
Com alegria 
Com vontade
Com tempo

Ensina-me a estar
Sem ti
Sem um sinal
Sem um olhar

Ensina-me a negar
O choro
O desejo
O querer

Es tu...

Pega na minha não e beija-me
Ha muito para dizer
Mas o silencio do nosso olhar fala por nós 
A tua mão no meu rosto
O teu beijo no meu peito
Tanta coisa para vir
Na junção das vontades dos deuses
Num mistério do universo
Que guardam em segredo
Naquela caixinha dourada junto à lareira
Todas as forcas me impelem para o teu amor
Preciso de coragem
Para vencer este adamastor que me surpreende
Mas beija-me
Não digas nada
Apenas,
Beija-me

Tão eu, tão só

Hoje só queria sobreviver
Vestir uma camisa lavada e respirar
Ter um abraço que me receba
Um sorriso que se rasgue para mim

Hoje só queria uma balada
Baixinho ao ouvido
Numa dança suave
Dum slow escrito só para mim

Hoje só queria fugir sem rumo
Um olhar como se fosse o primeiro
Um beijo de eternidade
Um vislumbre do futuro

Hoje só queria viver
E não sobreviver
Cantar a nossa canção de embalar
E um cantinho para descansar a alma

Hoje só queria um rasgo de céu azul
Com um arco iris no fundo
Onde eras o meu pote de ouro
Com uma rosa ainda molhada do orvalho

Hoje so queria que o tempo parasse
Naquele descer de escadas
Naquelas mãos dadas
Naquele sorrir

Hoje só queria não ser eu
Ser um nós completo
Com os putos e os bichos
À lareira a amar

Hoje só queria sonhos
Da cor do amor
Que me corre nas veias
E me deixa assim

Hoje só nao queria estar tao só 

Só tu


É nesse abraço que me deito 
Nesse teu colo que me aconchego
Nesse teu sorriso que me perco
Nesse teu jeito louco que encontro paz 
Nesse teu génio que me reconheço
Nesse teu calor que adormeço
Nesse teu cheiro que viajo
Nesse teu toque que estremeço
Nesse teu tom que canto
Nesse teu olhar que me deixou levar
Nesse teu falar que me delicio
Nesse teu lugar onde quero morar
Nesse teu amor que quero conquistar
Nesse teu andar que quero passar a vida
Nesse teu viver que dou a minha vida
Nesse teu coração que entro o meu

Saudade

Este oxigénio tira-me o ar,
é difícil respirar,
o sufoco de um todo, no meio do nada,
no vazio imenso de mim e para mim.
Olho no espelho e não reconheço o reflexo.
Mas quem és tu ?
Franck ?
Não certamente não és tu...
Este é mais velho, mais sábio mas mais magoado
serias tu ?
Já não te vejo há tanto tempo em mim que já não te reconheço.
Desculpa.
Desculpa amigo, por tanto te apagar de mim.
Que tens feito ?
Estás bem ?
Oh Franck, há tanto para contar e tão pouco tempo para nós.
Creci, vivi, ganhei e perdi.
e tantas saudades que tenho tuas...
Uii saudade... esse sentimento que o tempo não apaga e a memoria não corroi
A vontade de te ter e te abraçar que o inverno não esfria
Aquele abraço quente feito chá de rosas que apazigua a alma e aquece o espirito
Ai se eu pudesse te abraçar
Congelava o tempo num segundo e nele criaria o nosso mundo
Que saudades meu Franck

Mar ardente

Mares de fogo
Imensidão de luz
Futuro que seduz
Naquele olhar de luz

Mares de fogo
Multidão de solidão
Que alimentam a agua e pão
A tristeza desta canção

Mares de fogo
Selva tranquila
Daquele menino reguila
Que a tristeza exila

Mares de fogo
Cantor de seu fado
Nunca antes entoado
Por ter destino mal fadado

Mares de fogo
Triste sina
Desta vida assassina
Numa doce toxina

Mares de fogo
Dum futuro risonho
Como se fosse um sonho
Ao qual ponho
E disponho !

Valsa da tempestade

Sao trilhos traçados, estreitos e escuros,
Que em cada centímetro do teu corpo  quero percorrer ! Num devaneio de trovoadas e ventos nesse belo esconderijo onde o fogo do amor tem de arder sem se ver e a paixão aclamada em silencio por entre olhares discretos ! 
Onde as mãos se roçam sem se tocar e o amo-te preso na garganta apenas ruge no olhar!
É um caminho árduo e tortuoso mas que ruma à felicidade, também ela coberta de cores outonais que de vermelho pouco mostram !
É o caminho penoso da paixão ardente de mil sois encolhidos numa vela que guardamos só para nos !
Uma faixa de musica gravada em silencio nas entrelinhas do nosso compasso, da nossa valsa, que me leva ao céu num minuto ladrão que teima em roubar o que é meu!
Leva-me daqui ,
Por elisios campos em passo de corrida para que nem o vento nos possa denunciar e a maldade aos olhos de outros nada possam fazer a este nosso navegar !
Vem de mansinho ao covil dos lobos salvar o teu cordeiro , veste lhe a tua coragem mascarada de indiferenças e arrebata do mal o melhor que há em mim!
Segreda-me uma vez mais uma bela serenata ao luar do candeeiro do quarto confessor que apenas ele pode testemunhar o divino e o carnal em banquete enquanto as mãos que se roçam sem tocar finalmente se entrelaçam numa só e que nada nem ninguém no minuto roubado ao segundo se transforma na eternidade que é nossa por direito, não pela força, mas pelo amor !

Chega aqui mais perto, deleita a cabeça no meu peito, ouve a maquina ja cansada ganhar nova vida!
Respira fundo e tira-me o ar e dá vida a este velho moribundo que de tantas guerras ja não encontra paz a não ser no silencio do teu abraço !
Liberta a vela e incendeia o átrio do cinema onde os melhores filmes estão para estrear , nas mil e uma aventuras que tu e eu teremos para contar!