Embriagado de mim,
Curei a ressaca de amor,
Com um pouco mais do mesmo.
Esqueci-te e apaguei-te,
Com a mesma borracha que tantas vezes me apagou a mim próprio,
Nesse mundo onde não pertenci, apenas visitei e vi.
Cheio de mim,
Fiquei vazio de ti,
Despeço-me com magoa,
Mas sem ressentimentos,
Deste tempo que prometia ser eterno,
E foi, enquanto durou.
Anos passaram, e não dei por eles a passarem por mim,
Nasceram as primeiras rugas no coração e não dei por elas,
A elasticidade de cada fibra esmoreceu
Tanto passou que morreu.
Hoje não poderás voltar a casa, porque já a limpei de ti,
Desse teu pó que tanto me sufocou.
Agradeço-te por tudo,
Tudo mesmo,
Porque, não graças a ti,
Mas por tua causa,
Cresci, aprendi.
Hoje sou quem sou, tenho o que tenho,
Graças a mim .
Sinceramente?
Foi bom o que aconteceu,
Mas melhor foi ter acabado.
Sinto-me como um leão selvagem que foi aprisionado uns tempos e depois liberto.
Aprendi a dar-me valor, obrigado.
Não por ti, não graças a ti,
Mas por tua causa .
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